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Agronegócio

Valorização das commodities puxa nova alta das exportações do agro

Por Érica Polo

A receita das exportações do agronegócio somou US$ 15,1 bilhões no mês passado, o que representou um aumento de 14,2% em relação a maio de 2021, informou hoje (27/6) o Ministério da Agricultura. Segundo a Pasta, com o aumento de receita, reflexo da elevação dos preços médios dos produtos que o Brasil vende ao exterior, o agro passou a representar 51% da pauta exportadora do país. Em maio do ano passado, a fatia foi de 50,5%.

A receita das exportações do agronegócio somou US$ 15,1 bilhões no mês passado, o que representou um aumento de 14,2% em relação a maio de 2021, informou ontem o Ministério da Agricultura. Segundo a Pasta, com o aumento de receita, reflexo da elevação dos preços médios dos produtos que o Brasil vende ao exterior, o agro passou a representar 51% da pauta exportadora do país. Em maio do ano passado, a fatia foi de 50,5%.

Já as importações de produtos agropecuários cresceram 25% em relação a maio de 2021, somando US$ 1,5 bilhão. Com isso, o agro brasileiro teve um superávit comercial de US$ 13,577 bilhões. Os dados foram divulgados excepcionalmente com atraso neste mês, segundo a assessoria de imprensa do ministério.

Em volume, a queda mais expressiva foi a dos embarques de soja em grão. As exportações da oleaginosa diminuíram 29% no mês passado, para 10,6 milhões de toneladas. A receita dos embarques do grão, por sua vez, caiu 2,2%, para US$ 6,56 bilhões.

Ao todo, a receita das exportações brasileiras do complexo soja, que soma farelo e óleo, foi de US$ 8,15 bilhões no mês passado, montante 6,2% superior ao de um ano atrás — os preços médios subiram 39%. Com o desempenho, a soja manteve a hegemonia das exportações do agro, respondendo por 53,9% da receita dos embarques do setor. Os outros quatro destaques foram carnes (14,8%), produtos florestais (10,4%), complexo sucroalcooleiro (4,4%) e café (4,2%).

Entre os líderes em vendas, o complexo sucroalcooleiro foi o único em que a receita diminuiu. Os embarques do segmento caíram 22,3% em maio, para US$ 659,28 milhões, puxados pela queda de 36,4% nas vendas de açúcar ao mercado externo.

Ainda segundo a Secretaria de Comércio de Relações Internacionais da Pasta, nos cinco primeiros meses deste ano, as exportações do agro cresceram 29% em comparação com o mesmo intervalo de 2021 e somaram US$ 63,62 bilhões, o montante mais alto já registrado no período. O recorde anterior havia sido justamente o do ano passado, quando a receita com os embarques entre janeiro e maio chegou a US$ 49,33 bilhões. As importações acumuladas cresceram 6,2%, para US$ 6,6 bilhões.

Importações

O trigo liderou as importações brasileiras de produtos agropecuários — com o aumento de 15%, as compras chegaram a US$ 183 milhões. Álcool etílico e papel vieram em seguida, com US$ 86 milhões (+950%) e US$ 75 milhões (+6%), respectivamente.

As importações de fertilizantes, por sua vez, somaram US$ 3,11 bilhões em maio, um aumento de 277% em comparação com o mesmo mês de 2021. O volume cresceu 56,7%, para 4,07 milhões de toneladas, e o preço médio por tonelada subiu 141,2%, chegando a US$ 764.

O principal fornecedor brasileiro foi a Rússia. As vendas russas de adubos ao Brasil somaram US$ 881,10 milhões, ou 28,4% do total.

Fonte: Valor Econômico, 27/06/2022.
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